Muitas pessoas sonham em ter o próprio negócio, porém os caminhos do empreendedorismo são cheios de obstáculos difíceis de serem ultrapassados sem o conhecimento técnico e, muitas vezes, uma palavra de encorajamento de uma pessoa que nos coloque na direção certa. Profissionais como Danieli Cristina da Silva Ferreira, que a 11 anos faz a diferença no Sebrae de São Roque, ajudando nossos empreendedores a superarem os desafios do dia a dia.
Uma mulher que traz nos lábios um caloroso sorriso de boas-vindas a todos que a procuram no escritório do SEBRAE, ao lado do PAT Municipal, com um jeito acolhedor e hospitaleiro que ela trouxe ainda menina da cidadezinha de Jandaia do Sul, a conhecida “Cidade Simpatia”. Ela chegou ainda menininha a São Roque, para morar com a família na Rua Rui Barbosa, onde além de ter um lugar privilegiado para acompanhar a entrada dos Carros de Lenha, nas Festas de Agosto, passou a infância andando de bicicleta com os coleguinhas, jogando futebol com os irmãos, indo à biblioteca e passeando pela Brasital, seu lugar favorito de São Roque.
“Sempre amei a natureza. Minha casa era antiga e dava pra um quintal lindo, com pés de pitanga, ameixa, café, limão e muito verde, tudo isso no centro da cidade. Quando conto ninguém acredita”, comenda brincalhona, ao lembrar da infância.
Mas a mocinha que passou a infância jogando bolas de futebol na casa dos vizinhos se tornou uma mulher fascinada por administração e sobre como as empresas funcionavam, como se o destino estivesse preparando-a para atuar na Prefeitura, algo que surgiu por acaso, já que prestou seu concurso sem grandes pretensões, ainda no primeiro ano de faculdade de Administração. “Fiz buscando conhecimento no serviço público, porque não tinha noção de nada. Fiz, mas achei que não iam me chamar. Lembro que estava trabalhando em uma padaria quando minha mãe me ligou e falou que tinham me chamado. Fiquei tão empolgada que sai do trabalho correndo procurando um orelhão para ligar pra prefeitura. Fiquei muito feliz”, lembra.
Seu primeiro trabalho no governo foi no jurídico, onde atuou por seis anos, no setor Execução Fiscal, onde seu jeito atento e detalhista foi muito bem-vindo, mas Dani sentiu falta do contato com as pessoas e com o tempo, o jeitinho que trouxe com ela da Cidade Simpatia pedia que ela procurasse novos ares. Assim, ela foi transferida para o setor de protocolos, onde três meses depois veio a possibilidade de atuar no Sebrae.
Hoje, 11 anos depois, seu começo de atuação no setor parece quase um sonho distante, da jovem que se assustou com a quantidade de trabalho, mas com o tempo e aquele sorriso que nunca deixa seu rosto, ela foi deixando a timidez de lado e descobriu que era muito boa no atendimento ao público. “Aprendi a deixar a timidez de lado e isso me incentivou a fazer meu MBA em Recursos Humanos. Amo trabalhar no serviço público e aqui no Sebrae. Atender as pessoas é muito gratificante, porque sempre acabamos trocando experiência. É muito gostoso ajudar as pessoas, que muitas vezes estão iniciando o sonho de começar seu próprio negócio empresas”, comenta.
Uma rotina corrida, que ela só deixa quando está com a família, passando um tempo com o marido Rafael e a filhinha Helena, que com apenas 4 anos, já herdou o sorriso da mãe e começa a pedir um irmãozinho com que possa brincar, mal dando tempo da mamãe acompanhar os jogos do São Paulo ou praticar seu passatempo preferido, o bordado, que está no seu coração desde os 10 anos, quando aprendeu a arte com a querida madrinha Vera.
“Quando visito meus parentes no Paraná, basta deixar minha cidade pra saudade bater e me dar vontade de voltar pro meu escritório aqui no Sebrae, pra minha casa e pra essa terra linda, onde conheci meu marido e criei minha família. Essa cidade é tudo pra mim”, completa.
