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NOV
24
24 NOV 2022
CULTURA
Festival José Cabinda celebra o mês da consciência negra em São Roque
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Os dias 19 e 20 de novembro foram marcados por um espaço-tempo onde os relógios e satélites não saberiam definir. O Festival José Cabinda - sotaques afro-caipiras realizado pela Prefeitura de São Roque, através da sua sua Divisão de Cultura, celebrou na Comunidade do Quilombo do Carmo (São Roque/SP)  a memória negra do município e região através de experiências atemporais. 

Permeada por apresentações e oficinas que referenciam memórias afro-brasileiras, a programação iniciou com notícias do futuro, na performance da atriz e pesquisadora Daia Moura, que convocou o público para olhar o afeto, a ancestralidade e a memória. Em sequência, João Mário, junto com Malaca (Rafael), denunciaram perseguições e apagamentos históricos negros no estado de São Paulo através do toque da ngoma na oficina de Samba de Bumbo.

Desmanchando fronteiras, o artista venezulano Payaso Chungo Malungo (Antonio Mendoza), reuniu crianças, adultos e mais velhos através das artes circenses com o espetáculo “Oras Bolas!”. Enquanto, Catia Fashion Hair trançou histórias com cuidado e valorização dos cabelos afro-brasileiros. No período da tarde, a Praça do Carmo foi tomada pela ciranda desenhada por sons e palavras do pesquisador africanista e Doutor Salloma Salomão, que abordou temas como a terra, a miséria e a riqueza. E finalizando o primeiro dia, o cortejo da prestigiada Corporação Musical Banda Santa Terezinha do Carmo transportou o público presente à sonoridade dos "antigos", com repertório em homenagem aos membros antecedentes. 

A Roda e Caminhada proposta pelo Quilombo Revolucionário do Carmo deram início ao segundo dia de atividades, despertando a importância da luta quilombola e a presença estrutural do racismo anti-negro que age sobre nossas arquiteturas e cotidianos. A pesquisadora e ceramista Mariana Silva convidou os participantes da oficina a experienciar artesanias e gestos de "Como faziam meus avós", através dos saberes do barro.

Confeccionadas ao longo do tempo, a dança e a música de São Gonçalo, uma das práticas mais antigas do bairro (regidas pelo Mestre Roberto do Carmo e seus irmãos), tomaram a frente da Igreja de N. Sra. do Carmo no período da tarde, realizando uma pequena demonstração da manifestação. Em seguida, a apresentação do Grupo 13 de maio de Samba do Cururuquara fez acordar o Samba de Bumbo, com direito a versos cantados em homenagem ao José Guarino, antigo “sambadô” e morador do bairro do Carmo: “Oh, oh, Seu Juca, Dá Licença por favô! 

Na aba do seu chapéu, escorre água e nasce flô!”. A exposição de fotos “Memórias do Quilombo do Carmo”, com curadoria de Aline do Carmo, finalizou o evento revelando a história da comunidade e seus descendentes através de imagens e fragmentos do tempo passado.
É imprescindível dizer que o Festival José Cabinda inscreve a presença negra histórica e atual do município e demonstra a necessidade de ações culturais que consideram o racismo estrutural não como uma questão eventual, digna de atenção apenas no mês da consciência negra, mas como uma agenda de política pública permanente que deve ser ampliada, onde o tempo-espaço possam ser dispositivos para a experiência e reflexão sobre a presença e reminiscência das culturas afro-diaspórica do nosso território. 

O evento controu com produção de D’aísa Produções Culturais, co-produção de Samantha Zucas e Curadoria de  Matheus Pezzotta.
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