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Fotos: Litisen Pinheiro

Os dançarinos mostram que com vontade e sem preconceito é possível superar qualquer limitação

Em comemoração ao Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o Conselho Municipal de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência de São Roque (CMPDE) promoveu um evento nas dependências do São Roque Clube na última quinta-feira, 3,  com a I Mostra de Artes - Uma visão necessariamente especial -, com exposição de trabalhos artesanais confeccionados por alunos de escolas municipais e particulares, núcleo do Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) e dos Centros de Referência Social (CRAS) e das entidades  de São Roque.  

O evento foi marcado com a participação de dançarinos cadeirantes da Cia de Dança das Casas André Luiz, Guarulhos/São Paulo. As duplas formadas por Gisele e Helder, Ana Rita e Janderson, mostraram que não há limites para aprender a dançar e que a deficiência está principalmente no preconceito.  

Os vereadores Antonio Marcos Carvalho de Brito (Chula) e Donizete Carteiro também prestigiaram o evento.  Na ocasião Chula enfatizou a importância do dia 3 de dezembro e que a Câmara fará todos os esforços para criar leis para a proteção das pessoas com deficiências.

O prefeito Efaneu Nolasco Godinho esteve ausente devido a compromissos externos assumidos anteriormente, mas parabenizou a iniciativa. “Considero muito importante o evento para o nosso município para trabalharmos com mais sensibilidade a questão da deficiência e combater a discriminação que ainda existe”, enfatiza o prefeito.

Segundo o presidente do CMPDE, José Joaquim Carlassara, o evento foi promovido com a finalidade de demonstrar que a igualdade é possível. “A idéia foi sensibilizar as pessoas para as questões da deficiência, procurando construir uma sociedade mais igualitária, justa e solidária e mobilizar para o combate a discriminação de que são alvo os portadores de deficiências, no sentido de lhes permitir ao pleno gozo dos seus direitos, da cidadania e do bem-estar”, explica.

De acordo com Carlassara, dede quando foi criado o conselho em São Roque, em 2008, o município tem avançado na questão da acessibilidade. Os bancos, supermercados, a maioria da escolas, postos de saúde, centro de saúde, faculdades e hotéis já estão acessíveis.

A prefeitura também está desenvolvendo por meio do departamento de Planejamento e Meio Ambiente, um plano de acessibilidade para a cidade e pela divisão de Trânsito sinalizando vagas para idosos e deficientes físicos. As calçadas também receberam piso tátil e rampas. “Em 2010 o Conselho estará solicitando à prefeitura a implantação de sinais sonoros nos cruzamentos para auxiliar tanto os deficientes visuais como os idosos”, adianta Carlassara.

Carlassara coloca que um dos grandes desafios de São Roque na causa dos portadores de deficiência é a Educação Inclusiva. Segundo ele, esse sistema educacional implica processo contínuo de melhoria da escola, com o fim de utilizar todos os recursos disponíveis, especialmente os recursos humanos, para promover a participação e a aprendizagem de todos os alunos, de uma sociedade.

“Educação Inclusiva significa que os alunos com deficiência estão sendo ensinados no mesmo contexto curricular com os demais colegas de sala de aula. Outro grande desafio é a busca da capacitação, para integrar no mercado de trabalho formal as pessoas com deficiências, sentindo que as oportunidades estão aparecendo e, por falta de capacitação, os cargos oferecidos pelas empresas não são preenchidos”, diz. A expectativa, salienta Carlassara que é com todo o trabalho que o conselho vem realizando, é tornar São Roque 100% acessível.

I Mostra de Artes – Uma visão necessariamente especial

A I Mostra de Artes - Uma visão necessariamente especial -, ficará exposta na Biblioteca Municipal “Arthur Riedel até o dia 30 de dezembro e apresenta trabalhos de pinturas, esculturas, entalhes, esculturas, desenhos, crochê e escultura em dobradura. “Os trabalhos mostram o talento que as pessoas com necessidades especiais possuem, bastando apenas o incentivo a criação, e principalmente, que a incapacidade de realizar uma obra está na pessoa e não na deficiência”, concluiu Carlassara, presidente do CMPDE.